CURIOSIDADES SOBRE MONTE SIÃO
LUGARES DA BÍBLIA - MONTE SIÃO
O Monte Sião, ou Har Tsion, do hebraico, em Jerusalém, foi o local de importantes
acontecimentos bíblicos. Um deles foi quando o apóstolo Pedro negou Jesus por três vezes,
na véspera da crucificação, próximo à casa de Caifás, sumo-sacerdote judeu (apontado pelos
romanos para a função) que participou do julgamento e condenação de Cristo. Hoje, com
uma cidade que mistura modernidade e edifícios históricos ao seu redor, o monte recebe
peregrinos de todo o planeta, pois nele se encontram importantes locais como o
Cenáculo (com a Tumba de Davi em seus porões) e o túmulo do empresário Oskar Schindler.
Na parte sudeste da elevação natural fica aquela que os estudiosos alegam ser a casa de
Caifás, local em que Pedro negou Jesus por três vezes para se livrar da condenação
(Leia Mateus 26). Próximo dali fica o Cenáculo, a construção bizantina erguida onde
Jesus realizou com seus apóstolos a Última Ceia (abaixo). Sob a mesma sala
onde se realizou o histórico jantar fica a Tumba de Davi, em homenagem a um dos
maiores monarcas do povo judeu e do mundo.
O nome Sião (Tsion) designava uma antiga fortaleza dos jebuseus conquistada
por Davi e seus guerreiros, onde o rei passou a morar e começou a construir a
cidade ao seu redor sendo, portanto, a porção mais antiga de Jerusalém. Na Bíblia, a
palavra também é citada metaforicamente, simbolizando tanto Jerusalém em
geral como a Terra Prometida que Deus reservara para seu povo.
A leste da Cidade Baixa, é o ponto mais elevado de Jerusalém, assim como o
Monte Moriá (onde ficava o Templo de Salomão original), pois ambos têm basicamente a
mesma altura.
Na época de Jesus, a área era moradia das classes mais privilegiadas financeira e
politicamente da cidade, representantes escolhidos pelos dominantes romanos. O
palácio de Herodes ficava ali, na parte superior do morro, um enorme e suntuoso
complexo arquitetônico com luxuosos edifícios, bosques, jardins e fontes. Junto ao palácio,
ficava uma fortificação triangular, com imponentes torres em seus vértices. A primeira
recebeu o nome de Fasael, irmão de Herodes que se suicidou quando preso por seus
inimigos. A segunda, Mariana, em homenagem à esposa do rei, que ele mandou executar ao
desconfiar de uma traição conjugal. A terceira foi chamada Hípico, em honra a um grande
amigo do monarca. O forte era uma das obras arquitetônicas mais arrojadas da época.
Quando o rei faleceu, as instalações foram ocupadas pelos governantes romanos e a
corte formada pelos judeus que os representavam.
Hoje, aos pés do famoso monte, fica a Cinemateca de Jerusalém, com um dos mais
importantes acervos de filmes de Israel e uma das sedes do maior festival de cinema do
país.
A entrada principal é feita pelo quinto andar ao nível da rua, com os outros descendo
acompanhando o declive do terreno. Lá também é realizado anualmente o Festival de
Cinema Brasileiro em Israel (à esquerda), uma das principais portas de entrada da
cultura de nosso País para os israelenses.
Às vítimas e sobreviventes do Holocausto
No Monte Sião fica a Câmara do Holocausto, um pequeno museu dedicado à
memória dos mais de 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial,
aberto ao público de domingo a quinta-feira. Não confundir com o grande Museu da
História do Holocausto, o Yad Vashem, um labiríntico e enorme complexo no Monte Herzl,
também em Jerusalém. Embora mais modesta, a Câmara, com seu famoso Salão da Velas,
também atrai muitos visitantes (judeus ou não).
Outro ponto que atrai visitantes de várias procedências planeta afora é o túmulo do
industrial alemão Oskar Schindler, famoso por salvar da execução cerca de 1,2 mil judeus
durante a Segunda Guerra, empregando-os em suas fábricas. Na sepultura, várias pedras
soltas são encontradas, deixadas pelos visitantes judeus em sua homenagem (um antigo
costume). Sua vida foi adaptada para o cinema em “A Lista De Schindler” (1993), de
Steven Spielberg, com Liam Neeson no papel do empresário. O filme ganhou sete Oscars,
incluindo os de Melhor Filme e Melhor Diretor.
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