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domingo, 6 de janeiro de 2019

SERIE: ORANDO O PAI NOSSO COM PODER. ESTUDO Nº 2: PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS



Por Markus DaSilva, Th.D.
Se existe algo em comum entre todos nós, seres humanos, é que não há ninguém que não tem ou não teve um pai aqui na terra. Alguns de nós tiveram excelentes pais, como foi o caso da minha esposa. Outros tiveram pais razoavelmente bons, como foi o meu caso. Alguns tiveram maus pais e ainda outros sabem que tiveram pais, mas por um motivo ou por outro não os conheceram ou simplesmente não possuem recordação de como eram. A oração do Pai Nosso começa com o reconhecimento de que todos nós, além do pai que individualmente tivemos aqui na terra, também compartilhamos de um mesmo Pai: o Pai nosso que está nos céus. Dando sequência a esta série, exploraremos três pontos importantes nas primeiras palavras da oração do Pai Nosso, a oração que Jesus nos deu como um modelo para que soubéssemos como orar: “Portanto, orai vós deste modo…” (Mt 6:9).
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"Um dos sinais de que realmente somos seguidores de Jesus e filhos do Rei é que nos preocupamos com os nossos irmãos."
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O primeiro ponto é que durante a nossa oração, devemos nos dirigir a Deus, não como o nosso Criador, não como o Supremo Governante do universo, mas sim como um Pai. O segundo ponto lida com o aspecto comunitário da oração. Notemos que todo o Pai Nosso usa a primeira pessoa do plural (nós e nosso) e não do singular (eu e meu). O terceiro ponto que estudaremos é em relação a onde o nosso Pai se encontra no momento. Por que Jesus (na versão de Mateus) nos orientou a mencionar a morada de Deus quando o adoramos ou clamamos pelo seu auxílio: “Pai nosso que estás nos céus”? Por que não simplesmente: “Pai”, como Cristo normalmente o fazia?
Num certo sentido, Deus é o Pai de toda a raça humana. Este é o sentido mais amplo e distante da palavra Πάτερ (Pater) no Grego e אָב (ʾāb) no Hebraico e simplesmente significa o originador de algo que existe. Como ninguém deu origem a si mesmo, mas precisou de Deus para que viesse a existir, então neste sentido Deus é o seu Pai. Um bom exemplo deste significado de pai é quando se diz que Isaac Newton é o pai da física moderna. Isso não se diz porque ele gerou muitos filhos que se formaram em física, mas sim porque segundo o entendimento popular, muito do que se conhece hoje sobre a física teve como origem o seu trabalho na área. Paulo também utiliza esta definição de Deus como o Pai da humanidade: “…um só Deus e Pai (Πάτερ) de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:6).
Um segundo sentido, é o comportamental, onde através do viver do indivíduo ele define de quem ele quer ser filho. Os religiosos na época de Cristo consideravam a Deus como um Pai, mas, ao mesmo tempo, recusavam a aceitar a Jesus como o Messias, apesar de ele ter cumprido todas as profecias messiânicas do Velho Testamento e apesar de todos os sinais que provavam indubitavelmente que de fato ele era o Salvador enviado por Deus. O comportamento deles não refletia o de indivíduos que realmente queriam ser filhos de Deus: “Se Deus fosse o vosso Pai, vós me amaríeis, porque eu saí e vim de Deus… Vós tendeis por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai” (Jo 8:42, 44). Certamente Jesus não está dizendo que Satanás foi quem os criou, mas sim que ao rejeitar as verdades de Deus eles estavam optando por um outro pai: o Diabo. Também foi neste sentido que se referindo à Judas, Jesus disse: “…e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse as Escrituras” (Jo 17:12). E em um outro lugar, se dirigindo a Elimas, o mágico, Paulo disse: “Ó filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do Senhor?” (At 13:10). Ver também: Gn 3:15; Mt 13:38.
E finalmente, o sentido mais próximo de paternidade é este que Jesus utilizou quando nos deu o Pai Nosso, que é a posição de filhos de Deus por adoção através da nossa fé e obediência às suas palavras: “Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3:26).
A realidade da nossa condição de membros da família de Deus deverá estar na nossa mente durante todo o tempo que passamos conversando com o Pai, pois, apenas quando nos aproximamos do Seu trono na condição de filhos e filhas é que teremos a certeza de que seremos ouvidos e prontamente atendidos em todas as nossas necessidades (Mt 7:7; 1Jo 3:22; 1Jo 5:14). Se existe um ato de fé na vida do cristão que esteja acima de todos os outros, então o aceitar e o viver quem de fato somos aos olhos de Deus é, sem dúvida, o mais elevado. O que somos e como vivemos? Somos e vivemos como verdadeiros filhos e filhas do Pai que está nos céus.
Conforme já explicado, nem todos são realmente filhos de Deus como nós somos. Na sua imensa bondade, porém, o Senhor mantém a sua mão protetora sobre todos os seres humanos, mesmo sobre aqueles que não foram escolhidos para fazerem parte da Sua família real: “Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós” (Jo 15:16). Ver também Jo 6:44 e Jo 6:39. Esta é uma verdade incontestável e basta qualquer um olhar ao seu redor para ver que realmente Deus “faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos” (Mt 5:45). Ou seja, como o bondoso Rei que é, enquanto Ele não descer até a nós para nos recolher à sua morada e estabelecer o seu reino eterno (Mt 6:10), o Senhor mantém este mundo de tal forma que todos os que aqui vivem possuem o livre arbítrio para tomarem as decisões que quiserem, sejam decisões que levam ao bem e os beneficiam ou que levam ao mal e os prejudicam. Via de regra, direta ou indiretamente, todos colhem aquilo que plantam (Gl 6:7-9).
Ligado ao fato de que Deus é o nosso Pai, notemos que o Pai Nosso é orado na primeira pessoa do plural, e é por isso que o nome da oração não é: “Pai Meu” e sim: “Pai Nosso”. O que significa que devemos ter como prioridade o bem-estar da família de Deus. Isto não quer dizer, certamente, que não podemos pedir nada a Deus para o uso pessoal, ou que não podemos levar até a Ele os problemas que afetam especificamente a nós. Certamente que podemos. Afinal, nem todos passam exatamente pelas mesmas lutas que passamos, exatamente na mesma hora e exatamente com a mesma intensidade. Mas por outro lado, ainda que não seja exatamente igual, todos nós sofremos. E se vamos assumir uma atitude de verdadeiros filhos de Deus, o que de fato devemos assumir, assim também devemos estar cientes de que não somos filhos únicos. A família é grande e grande também é a sua necessidade. Na realidade, um dos sinais de que realmente somos seguidores de Jesus e filhos do Rei é que nos preocupamos com os nossos irmãos. Isso foi o que Jesus quis dizer com as palavras: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34-35). Isso foi também o que o nosso irmão Paulo quis dizer quando nos escreveu: “não olhe cada um somente para as suas necessidades, mas cada qual também para as necessidades dos outros” (Fp 2:4).
Falemos agora sobre o porquê mencionamos no Pai Nosso que Deus está nos céus e não aqui na terra, quando sabemos que Deus se encontra em todos os lugares, conforme o próprio Senhor nos disse: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu o céu e a terra? diz o Senhor” (Jr 23:24). E em outro lugar: “Para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Sheol a minha cama, eis que tu ali estás também” (Sl 139:7-8).
Jesus sempre se referia a Deus simplesmente como “Pai” (Mt 27:46 sendo uma exceção) sem especificar que o seu Pai estava no céu (ou céus, como Mateus prefere). Ao nos ensinar o Pai Nosso, todavia, Ele nos instrui que devemos sim, estar a par de que o céu, e não a terra, é a morada de Deus. Muitos estudiosos defendem a ideia de que o motivo é porque assim assumiremos uma atitude de reverência, reconhecendo a superioridade de Deus, o Criador, sobre nós, as suas criaturas. Ou seja, Deus é muito superior a nós e por isto a sua morada também é superior. Embora também vejo um certo valor nesse entendimento, creio, no entanto, que o principal motivo é que ao mencionarmos que Deus está no céu reconhecemos que o seu reinado aqui na terra ainda não foi estabelecido. Prova disto é que logo a seguir somos instruídos a pedir que o seu Reino venha a nós e que a vontade Dele seja feita aqui na terra, como atualmente está sendo feita no céu (Mt 6:10).
Reconhecer que por enquanto o governante deste mundo não é Deus, mas sim as forças do mal, é de suma importância para o cristão porque assim manteremos os nossos pedidos ao Pai dentro da correta expectativa (Jo 12:31; Jo 14:30; 1Jo 5:19). Alguns dias atrás recebemos um pedido de oração para que Deus salvasse todos os seres humanos. Embora certamente esta pessoa teve boa intenção, o pedido é irrealista porque ignora o fato de que existe uma batalha sendo travada pelo controle do universo e pela salvação ou perdição de todas as almas; como também existe um plano claramente delineado nas Escrituras e que dentro deste plano, Deus salvará apenas aqueles que querem se salvar (Dt 30:19-20; Jo 3:16). Relacionado a este ponto, lembremos que o sofrimento que passamos nesta terra é o resultado da nossa própria escolha, através dos nossos pais no Jardim do Éden e através de cada ser humano, que continuamente rejeita fazer a vontade de Deus e prefere fazer aquilo que o coração deseja. Ou seja, infelizmente a maioria dos homens e mulheres que aqui vivem simplesmente não têm qualquer interesse em se salvar.
Queridos, todos os pontos mencionados neste estudo são importantes e todos eles devem fazer parte do nosso entendimento sobre quem somos, quem Deus é, e qual é o nosso relacionamento com Ele. Mas o mais importante ensinamento da frase inicial da oração modelo: “Pai nosso que estás nos céus”, porém, é reconhecermos que a nossa oração não se trata de uma reunião que alguém muito poderoso (Deus) concede a alguém muito carente (nós) para que Ele saiba das nossas necessidades e as supras. Era assim que muitos agiam quando Jesus estava conosco (Mt 12:15; Mt 15:30; Mt 19:2; Mc 6:55). Não, o Pai Nosso nos ensina logo de cara que esta não deve ser a atitude nas nossas orações. Em Cristo, Deus é o nosso Pai de fato, e o nosso encontro diário com Ele é o encontro entre um Pai e os seus filhos queridos (Jo 16:27). O principal motivo que Deus atende às nossas orações não é porque ele tem pena de nós, mas sim porque Ele nos ama e tem prazer em nos ver felizes: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Ro 8:32). Espero te ver no céu.
Para obter a versão mais recente deste estudo, com possíveis revisões, correções ou material adicional, favor acessá-lo na web: Ler Estudo na Web .

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