CURIOSIDADES SOBRE Salomão, o sucessor de Daví 1ª PARTE)
Filho do Rei Davi na linhagem de Judá; rei de Israel de 1037 a 998 aC. O registro bíblico, depois de relatar a morte do filho nascido a Davi por meio das sua relações ilícitas com Bate-Seba, prossegue: “E Davi começou a consolar Bate-Seba, sua esposa. Além disso, entrou a ela e deitou-se com ela. Com o tempo ela lhe deu à luz um filho, e ele veio a ser chamado pelo nome de Salomão. E o próprio Deus o amava. De modo que, por meio de Natã, o profeta, mandou chamá-lo pelo nome de Jedidias, por causa de Deus.” (2Sa 12:24, 25) Mais tarde, Salomão teve três irmãos germanos, filhos de Davi e Bate-Seba: Siméia, Sobabe e Natã. 1Cr 3:5.
A Promessa de Deus a Davi.
Deus declarara a Davi, antes do nascimento de Salomão, que lhe nasceria um filho e que o nome deste seria Salomão, e que este edificaria uma casa para o Seu nome. O nome Jedidias (que significa “Amado de Jah”) parece ter sido dado como indicação a Davi de que Deus tinha então abençoado seu casamento com Bate-Seba e que Ele aprovava o fruto assim produzido. Mas não era por este nome que o menino costumava ser conhecido. Sem dúvida, o nome Salomão (duma raiz que significa “paz”) se aplicava com relação ao pacto que Deus fizera com Davi, no qual ele dissera que Davi, homem que havia derramado muito sangue em guerra, não construiria uma casa para Deus, assim como Davi tinha no coração fazer. (1Cr 22:6-10) Não que as guerras travadas por Davi fossem erradas. Mas, o reino típico de Deus era essencialmente de natureza pacífica e objetiva; suas guerras deviam eliminar a iniqüidade e os que se opunham à soberania de Deus, para estender o domínio de Israel às fronteiras delineadas por Deus, e estabelecer a justiça e a paz. Davi alcançou para Israel esses objetivos das guerras. O domínio de Salomão era essencialmente um reinado de paz.
A Tentativa de Adonias de Tomar o Trono.
Depois do seu nascimento, Salomão só ressurge no registro
bíblico na época da velhice de Davi. Davi, sem dúvida por
causa da promessa de Deus, jurara anteriormente a Bate-Seba
que Salomão lhe sucederia no trono. Isto era do conhecimento do
profeta Natã. (1Rs 1:11-13, 17) Não se declara se Adonias,
meio-irmão de Salomão, sabia deste juramento ou da intenção
de Davi. De qualquer modo, Adonias tentou conseguir o trono dum
modo similar ao empregado por Absalão. Talvez por causa da
fragilidade do rei e por Adonias ter o apoio de Joabe, o chefe
do exército, e de Abiatar, o sacerdote, ele confiava em ser bem
sucedido. Não obstante, era um ato de traição, um esforço de se
apoderar do trono enquanto Davi ainda vivia, e sem a aprovação
de Davi ou de Deus. Também, Adonias revelou sua ardileza ao
providenciar um sacrifício em En-Rogel, onde pretendia ser
proclamado rei, mas convidou apenas os outros filhos do rei e
homens de Judá, os servos do rei, não convidando Salomão,
Natã, o profeta, e Zadoque, o sacerdote, e os poderosos que
haviam lutado ao lado de Davi, inclusive Benaia, líder deles.
Isto indica que Adonias considerava Salomão rival e obstáculo
para as suas ambições. 1Rs 1:5-10.
Salomão Entronizado.
O profeta Natã, sempre fiel a Deus e a Davi, estava atento.
Enviando primeiro Bate-Seba com instruções de informar o rei
sobre a trama, ele mesmo veio então para perguntar a Davi se
esta proclamação de Adonias como rei tinha sido autorizada por ele.
Davi agiu pronta e decisivamente, mandando que Zadoque, o
sacerdote, e Natã levassem Salomão a Giom, sob a proteção de
Benaia e seus homens. Deviam fazer Salomão montar a
mula do próprio rei (denotando a elevada honra dada àquele
que a montava, e que, neste caso, era o sucessor no reinado).
(Veja Est 6:8, 9.) As instruções de Davi foram cumpridas, e Salomão
foi ungido e aclamado rei. 1Rs 1:11-40.
Ao ouvir o som da música procedente de Giom, que não ficava
muito longe, e a aclamação do povo: “Viva o Rei Salomão”,
Adonias e seus co-conspiradores fugiram, tomados de medo e
de confusão. Salomão proveu um vislumbre da paz que
assinalaria o seu governo por se negar a macular sua ascensão
ao trono com uma vingança. Se prevalecesse o contrário,
Salomão mui provavelmente teria perdido a vida. Adonias fugiu
para o santuário em busca de asilo, de modo que Salomão
mandou que Adonias lhe fosse trazido de lá. Informando
Adonias de que continuaria vivo, a menos que se achasse
algum mal nele, Salomão o mandou então para casa. 1Rs 1:41-53.
A Incumbência Que Davi Deu a Salomão.
Davi, antes de morrer, deu a Salomão a solene
incumbência de “cumprir a obrigação para com o Senhor, teu Deus,
andando nos seus caminhos, guardando os seus estatutos,
seus mandamentos e suas decisões judiciais, e seus
testemunhos”. Mandou adicionalmente que não deixasse Joabe e
Simei ‘descer em paz ao Seol’; também que tivesse benevolência
para com os filhos de Barzilai, o gileadita. (1Rs 2:1-9) Provavelmente
fora antes disso que Davi dera instruções a Salomão a respeito da
construção do templo, dando-lhe o plano arquitetônico “que viera
a estar com ele por inspiração”. (1Cr 28:11, 12, 19) Davi deu
ordens aos príncipes de Israel presentes ali para ajudarem Salomão,
seu filho, e para participarem na construção do santuário
de Deus. Nesta ocasião, o povo ungiu novamente a Salomão
como rei e a Zadoque como sacerdote. (1Cr 22:6-19; cap. 28; 29:1-22)
A bênção de Deus sobre Salomão manifestou-se logo cedo no
seu reinado, quando ele passou a sentar-se “no trono de Deus
como rei em lugar de Davi, seu pai, e para ser bem sucedido” no
reinado e para se tornar forte nele. 1Cr 29:23; 2Cr 1:1.
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