Estamos no princípio das dores? Pastor avalia que “nada se compara com o que virá"
Paulo Junior acredita que já entramos num novo tempo: “Tudo está sendo preparado. A sociedade e as nossas vidas serão afetadas”.
fonte: Guiame, Cris Beloni
Atualizado: Quarta-feira, 27 Maio de 2021 as 17:11
Desde o ano passado, com o início da pandemia por Covid-19, muitas pessoas voltaram a questionar sobre diversos temas bíblicos, entre eles as profecias de Apocalipse e os sinais do fim dos tempos e a volta de Cristo, revelados em detalhes no sermão de Jesus, em Mateus 24.
Biblicamente, em que tempo estamos vivendo agora? O princípio das dores começou ou está sendo concluído? Quando virá a Grande Tribulação? Chegou o tempo do fim? Segundo o pastor Paulo Junior, da Igreja Aliança do Calvário, a Bíblia dá essas respostas de forma clara.
“Não tenham medo, ainda não é o fim”
Jesus disse para que as pessoas não tivessem medo quando vissem todas as coisas que ele citou no sermão da montanha [guerras, mortes, pestes, terremotos], pois seriam apenas o “princípio das dores”.
“...não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim.” (Mateus 24.6)
“Não é grande tribulação, não é o que o mundo pode experimentar de pior. A pandemia do coronavírus e tudo o que a segue, como a crise econômica, é só um ‘aperitivo’, é o princípio das dores”, explicou o pastor.
Paulo Junior lembra que o termo está relacionado à figura de uma mulher grávida. “Ela sabe que vai dar à luz quando sente contração como sinal. Ela tem certeza que vai dar à luz, mas não sabe quando. O momento exato não será na primeira contração. Haverá uma sequência de dores até chegar o tempo. Estamos em contrações, mas ainda não é a hora do parto”, ilustrou.
“Ainda temos liberdade religiosa”
Segundo o pastor, apesar da crise, ainda existe liberdade religiosa no mundo. “Ainda não foi sancionada uma lei impedindo a realização dos cultos religiosos. Esta epidemia e todos os seus desdobramentos são um dos sinais de que ainda virá um tempo pior”, disse.
Embora haja muitas restrições vindas do Estado em relação às reuniões cristãs, o pastor é otimista ao dizer que ainda está tudo bem. “Mas há rumores de que haverá mais interferências, e isso se dará no tempo da grande tribulação”, citou.
“Nada disso se compara com o que virá”
Apesar dos tempos difíceis, o pastor explica que nada se compara com o que está para acontecer. A perseguição aos cristãos será intensa no mundo inteiro, haverá mais fomes e mortes como nunca se viu.
“Haverá uma dinastia, um governo sobre a Igreja de Cristo. Os sinais que vivemos hoje são muito difíceis e trazem angústia, mas Jesus disse que não era para as pessoas se assustarem”, destacou.
Apesar das guerras e rumores de guerra, colapso econômico sem precedentes, milhões de infectados pelo vírus em todo o mundo, o pastor repete as palavras de Jesus: “Não se assustem”. E ainda frisou: “Guarde a sua energia, tem coisa pior vindo”.
“Nós já entramos em uma nova era”
O pastor aponta para a nova configuração do mundo. “Haverá outro formato e tudo está sendo preparado. A sociedade e as nossas vidas serão afetadas. E, por mais sutil que pareça, tudo o que está acontecendo no mundo tem um ponto de convergência”, disse ao se referir à Igreja.
Segundo o líder cristão, a Igreja será afetada. “A Bíblia diz que ele (anticristo) se levanta e se opõe contra tudo o que é de Deus, ou seja, a Igreja. Ele vai tirar a liberdade dela, tentar calar, ridicularizar, perseguir, humilhar e martirizar”, especificou.
Como devemos proceder?
Conscientes de que vivemos o princípio do fim, e não o fim. De que estamos no princípio das dores, e não no parto, como devemos proceder? Segundo o pastor, devemos considerar as instruções de José, ao interpretar o sonho do Faraó sobre as sete vacas gordas e sete vacas magras.
"Estoque o máximo de ‘alimento’ que você puder, para que quando chegar o tempo da seca vocês não sejam dizimados. Ainda temos acesso a material bíblico teológico, temos acesso direto a Deus sem intervenção do Estado”, lembrou.
Paulo Junior alerta que é tempo de nos prepararmos espiritualmente para o que está por vir. “É tempo de estocarmos em nossos celeiros o conhecimento, oração e jejum. É tempo de amadurecer e fortalecer nossa fé para que no tempo da privação e da escassez possamos nos manter em pé”, reforçou.
“Chegou a hora de defendermos a razão da nossa fé e lidar com as tentações, os desejos da carne e o pecado. Precisamos nos posicionar e descobrir o nosso chamado dentro do corpo de Cristo para resistir ao dia mal”, lembrou.
Prepare a sua família
“Hoje em dia não adianta apenas ensinar a família. É preciso ‘treinar’ a família para os tempos difíceis que vivemos. Treine seus filhos para não negar a Cristo. Treine no seu lar com cultos domésticos, mostre a todos que o maior valor que existe é a santa Palavra de Deus, é Jesus”, frisou.
O pastor lembrou de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, quando foram deportados. “O dia mal chegou para eles, foram separados de suas famílias em tempos difíceis. Daniel tinha entre 14 e 16 anos e como podia ter tanta convicção? Ele correu risco de passar pela espada, mas não negou sua fé”, relatou.
“Daniel recebeu uma instrução tão boa e tão profunda dos pais, em Israel, que lá na Babilônia ele não rejeitou os ensinamentos”, citou. “Pastores, preparem a Igreja, não escondam nada dos fiéis. Conscientize as pessoas sobre a realidade”, enfatizou.
Ele aponta para os crentes que têm dificuldade em lidar com morte, perda, desemprego e tudo o que é ruim. “Como se isso tudo não estivesse na Bíblia. há um repúdio pelo sofrimento e pela dor que é inexplicável. Salomão disse que há tempo de rir e de chorar. E agora é um tempo de chorar, convém passarmos por isso”, ponderou.
“O Evangelho não se limita só a bênçãos. Agora é um tempo de luto, dor e escassez. Temos que respeitar as estações e essa é uma estação escura e prevista pela Bíblia. Faça tudo pela Igreja, treine a todos. Vamos fazer uma Igreja robusta, sem lero-lero, sem água com açúcar. Bíblia e doutrina, meu irmão”, aconselhou.
E finalizou falando sobre a morte. “Onde já se viu crente com medo de morrer? Onde a gente vai parar com isso? Como diz um irmão ‘morrer é um pulinho para a vida, um pulinho para o céu’. Morrer é estar com Cristo, gente. Vamos avaliar a nossa conversão, desenvolver a nossa espiritualidade, treinar a família e preparar a Igreja”, concluiu.
Fonte: Guiame Gospel
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