NA QUAL O LIVRO QUE ATÉ HOJE É QUESTIONADO
POR SEU CONTEÚDO APARENTEMENTE CÉTICO?
É o livro de Eclesiastes que não identifica diretamente o seu autor. Faz parte
dos escritos atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos
que coincidiram com aqueles de sua vida. Muitos questionam a
unicidade do autor e argumentam que foi escrito por duas, três, quatro e
até oito mãos distintas. A narrativa do ''Pregador,'' ou ''Sábio,''
revela a depressão que inevitavelmente resulta da procura da
felicidade em coisas mundanas. Vaidade de vaidades, diz o Pregador,
vaidade de vaidades, tudo é vaidade.
Em Eclesiastes a existência é vista pelo olhar de uma pessoa que, apesar de
muito sábia, procura encontrar um sentido nas coisas humanas e
afirma que tudo é temporário.
Quase todas as formas de prazer mundano são exploradas pelo Pregador e
nenhuma delas lhe dá sentido algum: considerei todas as obras que
fizeram as minhas mãos, como
também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito: e eis que tudo era
vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.
Duas frases são repetidas muitas vezes em Eclesiastes. A palavra
traduzida como ''vaidade'' aparece muitas vezes e é
usada para enfatizar a natureza temporária de tudo. No fim das contas,
mesmo as conquistas humanas mais impressionantes serão deixadas para
trás; porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta
ciência aumenta também tristeza. A expressão ''debaixo do sol'' ocorre 28 vezes
e refere-se ao mundo moral. Quando o pregador se refere a ''todas as
coisas debaixo do sol'', está se referindo às coisas terrenas, passageiras
e humanas como é a própria vida. Esse livro faz parte da literatura
de sabedoria, cujo objetivo é orientar a vivência da fé no dia a dia
humano, em meio aos desafios mundanos.
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