Jovem Lucélia Rodrigues, que foi torturada supera trauma e se torna missionária: “Eu escolhi perdoar”
Aos 12 anos, Lucélia Rodrigues da Silva foi encontrada pela polícia, amordaçada e acorrentada no apartamento da ex-empresária Sílvia Calabresi Lima, em bairro nobre de Goiânia, em 2008.
fonte: Guiame, com informações do G1
Atualizado: Segunda-feira, 14 Junho de 2021 as 11:40
Lucélia Rodrigues da Silva, de 25 anos, que foi torturada e chegou a ter a língua cortada com um alicate na adolescência, afirmou que superou o trauma e perdoou sua agressora, a ex-empresária Sílvia Calabresi Lima. A jovem se tornou missionária e contou seu testemunho, em entrevista à TV Anhanguera.
“É possível [superar]. Eu perdoei, escolhi perdoar. Perdoar não é esquecer. É lembrar e não sentir mais dor”, declarou.
Em 2008, Lucélia, com 12 anos, foi encontrada pela polícia amordaçada e acorrentada no apartamento da ex-empresária Sílvia Calabresi Lima, num bairro nobre de Goiânia, após a denúncia de um vizinho. A agressora foi condenada a 15 anos de prisão.
A adolescente foi resgatada e levada para um abrigo. Logo depois, ela foi adotada por um casal de pastores. Hoje, Lucélia é casada e tem dois filhos, e compartilha com todos seu testemunho de superação.
“Meu sonho era casar e ter família. Casei. Realizei meu sonho de ser mãe. Minha família é meu bem maior”, disse.
A missionária contou que reencontrou o amor familiar que não teve na infância e que pretende dar o amor que nunca recebeu aos seus filhos.
“Vai ter mais [filhos], mais uma. Tentar uma menininha. Cuidar dela como princesa e dar para ela aquilo que não tive”, declarou.
Hoje,
Lucélia é casada e tem dois filhos, e compartilha com todos seu
testemunho de superação. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera).
Caso Lucélia
O caso de Lucélia chocou o Brasil, em 2008, ao revelar o modo cruel que era tratada por sua cuidadora. De acordo com as investigações, a adolescente foi morar com Sílvia para estudar, com autorização da mãe.
Entretanto, ela era obrigada a fazer todas as tarefas domésticas da casa, apanhava todos os dias e era torturada com instrumentos como alicate, que, segundo o inquérito, foi usado para cortar a língua da menina. A tortura também incluia ficar dias sem comer e, em algumas ocasiões, Sílvia colocava pimenta na boca, no nariz e nos olhos de Lucélia.
Além de Sílvia, também foram condenados à prisão o marido da empresária, que pegou um ano e oito meses por omissão, e sua empregada, condenada a sete anos de prisão por participação no crime, em junho de 2008.
Em setembro daquele ano, a mãe de Lucélia, Joana d'Arc da Silva, foi a júri popular, sob a acusação de ter recebido dinheiro para entregar a filha à Sílvia. Entretanto, foi absolvida.
A Justiça condenou o casal a pagar uma indenização de R$ 380 mil por danos morais e estéticos, além de verbas trabalhistas a Lucélia.
Alexandrepfilho Via Guiame Gospel
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