CURIOSIDADES SOBRE A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E PEIXES 2º PARTE)
Outro ensinamento interessante é que Jesus fez a multidão se assentar sobre a relva. Isso para nós significa que, quando nos aquietamos e entregamos nossa causa diante Dele, reconhecendo a nossa carência, Ele começa a agir a nosso favor, multiplicando o nosso suprimento. A agitação não nos deixa ver os milagres de Deus, pois estamos tumultuados e preocupados, procurando uma maneira de fazer as coisas por nós mesmos. Indo mais além, quando nos assentamos em unidade com aqueles que também crêem Nele como a fonte do milagre, aí, sim, estamos prontos para ver o impossível acontecer em nossas vidas. A nossa fé em ação faz aumentar a fé dos nossos irmãos.
Por que será que só havia pães e peixes para alimentá-los?
Praticamente falando, o pão era e ainda é o alimento mais fácil de
carregar e de servir, pois uma vez que foi amassado e cozido, pode ser
levado para onde uma pessoa for e não é necessário se fazer mais nada
com ele, teoricamente, para alimentar de maneira rápida alguém que
esteja com fome. Na época, era feito com vários cereais como a cevada, a
espelta (espécie de trigo de qualidade inferior), o trigo (altamente
apreciado) e, raramente, a aveia. Os pães asmos, sem fermento, eram de
uso exclusivo para a época da Páscoa. O pão era o artigo forte da
alimentação dos Israelitas. Os peixes que foram levados a Jesus,
provavelmente já estavam um pouco secos por estarem debaixo do sol, mas
também era o alimento mais provável de se encontrar junto com os pães,
uma vez que Jesus e os discípulos não estavam muito distantes do Mar da
Galiléia (é só ver o seguimento do capítulo, quando Jesus despede a
multidão e sobe ao monte para orar ao Pai, voltando a encontrar com eles
no famoso episódio em que caminha sobre o mar). Simbolicamente falando,
eles estavam de posse do alimento certo, pois pão fala
de aliança, comunhão e intimidade com Deus, além de ser também um
símbolo do corpo de Jesus morto na cruz pelos nossos pecados. Peixes
simbolizam almas, vidas para o reino de Deus. Isso quer dizer que o
Senhor os alimentou com Sua própria vida (alma), avivando neles a
comunhão com Ele e os ensinando que Ele é suficiente para alimentar a
todos os que O buscam, não permitindo que ninguém passe fome. Ao
multiplicar os peixes, Ele ensinou a todos que, se eles se dispusessem a
se entregar a Ele e à Sua obra, mesmo se sentindo meio “secos” e
aparentemente “mortos”, Ele os transformaria em alimento para outras
vidas igualmente secas e carentes da Sua palavra e da comunhão com o
Pai.
Foi Jesus que multiplicou os pães e depois os deu aos Seus
discípulos para que os distribuíssem entre o povo. Isso quer dizer que
não somos nós a fonte do milagre, e sim o Senhor; nós somos apenas
veículos para que esse chegue a outras pessoas. Não fomos nós que
escrevemos a bíblia ou criamos o mundo pela palavra; nossa parte é
apenas pregá-la e proclamá-la. A força e o milagre já estão “embutidos”
nela.
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