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domingo, 26 de abril de 2020

CURIOSIDADES BÍBLICAS

CURIOSIDADES SOBRE  A PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES  1º PARTE)

Ensinamentos sobre a primeira multiplicação de pães e peixes realizada por Jesus: quando damos o nosso insuficiente para Deus com amor, Ele multiplica nossa oferta e faz sobejar nosso suprimento e nos ensina a repartir com os outros aquilo que nós temos.

A primeira multiplicação de pães e peixes


“Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco à parte, num lugar deserto: porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles. Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas. Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a hora; despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer. Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer? E ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes. Então, Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde. E o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinqüenta em cinqüenta. Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes. Todos comeram e se fartaram; e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens” (Mc 6: 30-44).
Por onde Jesus passava, sempre havia um grande número de pessoas que O seguiam e que a bíblia descreve como “uma multidão” ou “multidões”; isso, com certeza, porque todos queriam receber cura, instrução e bênçãos de toda sorte. Como é descrito no texto que lemos acima, todos pareciam ovelhas que não têm pastor. Jesus não as enxotava, pelo contrário, as recebia e as alimentava em todos os sentidos. Por isso, ao ouvir falar Dele, se dirigiam para onde Ele estivesse. Sabendo para onde o barco estava indo, as pessoas correram e chegaram antes Dele. Isso quer dizer que, quando sabemos que a unção de Deus está para ser derramada sobre a nossa vida ou quando recebemos uma palavra profética de que Ele vai fazer um milagre que nos beneficia, devemos estar alertas e “correr”, a fim de que ao derramar Ele a bênção, nós possamos recebê-la. Isso é estar sempre alertas e vigilantes aos sinais do Espírito Santo para podermos “comer o melhor dessa terra”, como diz Is 1: 19: “Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra”.

Jesus multiplicou os pães e peixes

Ensinamentos

Neste texto, em especial, o Senhor quis dar uma grande lição de amor incondicional e fé aos discípulos. Ele tinha alimentado aquele povo espiritualmente durante todo o dia, provavelmente, caminhando entre a multidão também para curá-la e não demonstrava contrariedade por isso. Assim, esperou até o fim do dia, pois como Filho de Deus que era, sabia que mais cedo ou mais tarde teriam fome. Os discípulos, embora caminhando todos os dias com Ele, ainda não tinham a mente aberta para compreender Suas atitudes; faltava-lhes mais fé, ainda pensavam mais nas coisas da carne do que nas coisas de Deus. Estavam cientes da necessidade de alimento daquele povo, mas não conseguiram se lembrar que estavam diante Daquele que tudo podia prover. Este foi um momento de teste para a fé dos discípulos. Como homens, estavam conscientes das suas limitações e da responsabilidade que tinham diante de si e quiseram se ver livres dela de uma forma mais prática: despedir o povo para suas casas. Provavelmente, se surpreenderam quando Jesus lhes disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Como? Tanto é que fizeram cálculos rápidos avaliando aquela necessidade em duzentos denários de pão. Um denário romano equivalia a uma dracma grega, ou seja, era uma moeda de prata compatível com o salário de um dia que um trabalhador braçal recebe (o que em nossa moeda brasileira de hoje poderia equivaler a US$ 10.00). Duzentos denários seriam uma grande quantia de dinheiro. Mesmo assim seria insuficiente para alimentar cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças (normalmente excluídas das contagens em qualquer censo). Logo, Jesus perguntou: – “Quantos pães tendes?” Então a situação pareceu mais incapacitante ainda, pois tinham apenas cinco pães e dois peixes. Jesus os dividiu em grupos de cinqüenta e cem e os fez assentar sobre a relva. Os números cinco e dez eram importantes no sistema decimal empregado na Palestina. O número zero, quando acrescentado a outro poderia indicar multiplicação, de certa forma; por exemplo, o número um transmite o conceito de unidade e o caráter sem paralelo de Deus, assim como a unidade entre Cristo e o Pai, a união entre os crentes e Deus e a unidade que existe entre os crentes. Colocando o número zero ao seu lado, pode significar “bastante vezes”, da mesma forma que cem equivale a um número grande, e mil ou dez mil, a um número infinitamente grande. O número dez também pode significar o primeiro número de um começo maior, algo completo ou fidelidade, além de ser considerado por alguns como o número da Igreja. O número cinco tem o significado espiritual do cumprimento fiel das promessas de Deus referentes aos cinco livros do Pentateuco (Torá), ou seja, os fatos ocorridos como predestinação divina. Podemos pensar que o número dois significa o número da aliança feita com o povo escolhido, colocada nas duas tábuas da lei dadas a Moisés, entretanto, pode significar também os dois povos com os quais o Senhor fez aliança: os judeus e os gentios. Falando de uma maneira simbólica: ao trazerem ao Senhor os cinco pães, os discípulos estavam mostrando que as promessas dadas a eles eram ainda insuficientes para fartá-los nas suas necessidades. Ao multiplicar os cinco pães, o Senhor quis mostrar que Suas promessas são infinitas e serão todas cumpridas a ponto de satisfazer multidões. Ao trazer os dois peixes (= almas, vidas), os discípulos estariam mostrando a Jesus que Seu povo, embora seco e morto espiritualmente, precisando de Sua vida, ainda mantinha a aliança com Deus. Ao pegar em Suas mãos os dois peixes, Jesus estava profeticamente multiplicando a bênção divina e renovando a aliança com judeus e gentios, Seu outro aprisco, como Ele mesmo disse em Jo 10: 16. Os grupos divididos de cem em cem nos lembram a unidade que Ele quer ver no meio da Sua Igreja, multiplicada pelo amor com que Ele mesmo nos supre e nos lembrando do Seu vitorioso sacrifício que nos resgatou do pecado e nos deu vida eterna. A multiplicação do alimento mostrou aos Seus discípulos que é possível fazê-lo sobejar quando se dá com amor, ou seja, quando damos o nosso insuficiente para Deus com amor, Ele multiplica nossa oferta e faz sobejar nosso suprimento. Ele também os ensinou a repartir com outros o que se tem.

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