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domingo, 28 de abril de 2019

CURIOSIDADES BÍBLICAS

CURIOSIDADES  SOBRE   O  PÃO  NO TEMPO  DOS  PROFETAS DE DEUS

ESTUDO BÍBLICO SOBRE PÃO 


PÃO, Alimento assado, às vezes fermentado, que tem como
 ingrediente básico farinha de trigo ou de milho. A palavra hebraicaléhhem e a grega ártos são traduzidas “pão”. (1Sa 10:4; Mt 14:17) Os pães não raro eram redondos. (Jz 7:13; 1Sa 10:3; Je 37:21) De fato, a palavra hebraica kikkár (pão redondo) literalmente significa “algo redondo”. (1Sa 2:36) Naturalmente,
 os pães eram feitos também em outros formatos. Um papiro 
egípcio menciona mais de 30 formatos de pão. O pão era o 
alimento básico dos judeus e de outros povos da antiguidade, a 
arte da panificação sendo de conhecimento geral entre os israelitas,
 os egípcios, os gregos, os romanos e outros. Mesmo nos 
tempos modernos, em algumas partes do Oriente Médio, 
o pão é de importância capital, e outros tipos de alimentos são 
de importância secundária. Às vezes, a Bíblia parece usar o termo 
“pão” para referir-se a alimento em geral, como em Gênesis 3:19,
 e na oração-modelo, que inclui o pedido: “Dá-nos hoje o nosso pão 
para este dia.” — Mt 6:11; compare isso com Ec 10:19 n.

Antigas amostras de terras bíblicas incluem bolos ou pães 
redondos, ovais, triangulares e cuneiformes, relativamente finos, e
 pães grossos e compridos. Contudo, parece que os pães grossos,
 como os do mundo ocidental, não eram comuns no 
antigo Oriente Médio. Ainda hoje, o pão oriental é assado fino,
 geralmente tendo 1 a 2,5 cm de espessura e 
cerca de 18 cm de diâmetro.

Ao fabricarem pão, os hebreus, em geral, usavam farinha de trigo 
ou de cevada. (2Rs 4:42; Jo 6:9; compare Êx 34:22 com Le 23:17.) O 
trigo era mais caro, de modo que as pessoas não raro tinham de 
contentar-se com pão de cevada. Faz-se referência ao pão de cevada
 em Juízes 7:13, 2 Reis 4:42 e João 6:9, 13. Algumas farinhas eram 
um tanto granulosas, sendo preparadas mediante o uso do gral e 
do pilão. No entanto, usava-se também “flor de farinha”. 
(Gên 18:6; Le 2:1; 1Rs 4:22) O maná que Deus forneceu aos 
israelitas durante sua jornada no ermo era moído em
 moinhos manuais ou pilado num gral. — Núm 11:8.

Costumava-se moer o cereal e assar pão fresco diariamente, e,
 não raro, o pão não continha fermento (hebr.: matstsáh). A farinha
 era simplesmente misturada com água, e não se adicionava 
fermento antes de se trabalhar a massa. Para a fabricação do
 pão fermentado, o método usual era tomar um pouco da 
massa, reservada dum anterior cozimento, e empregá-la como 
agente fermentativo, desmanchando-a na água, antes de acrescentar
 a farinha. Tal mistura era amassada e se deixava 
descansar até levedar. — Gál 5:9.

Certas ofertas feitas a Deus pelos israelitas consistiam de 
coisas assadas. (Le 2:4-13) Não se permitia usar fermento em 
ofertas feitas por fogo a Yehowah, embora determinadas 
ofertas não fossem queimadas no altar e pudessem 
conter fermento. (Le 7:13; 23:17) Não era permitido usar pão
 fermentado na Páscoa e na Festividade dos Pães Não 
Fermentados associada com ela. — Êx 12:8, 15, 18.

A importância do pão na dieta diária nos tempos bíblicos é 
indicada em repetidas referências a ele nas Escrituras. 
Por exemplo, Melquisedeque “trouxe para fora pão e vinho” 
antes de abençoar a Abraão. (Gên 14:18) Ao mandar Agar e Ismael 
embora, Abraão “tomou pão e um odre de água, e deu-o a Agar”. 
(Gên 21:14) Quando estava preso, Jeremias recebia uma ração diária de 
“um pão redondo”. (Je 37:21) Em duas ocasiões, Jesus Cristo
 milagrosamente multiplicou pães para alimentar grandes 
multidões. (Mt 14:14-21; 15:32-37) Jesus ensinou seus 
seguidores a orar pedindo “pão para o dia, segundo as 
exigências do dia”. (Lu 11:3) E o salmista apropriadamente 
identificou a Deus como aquele que dá “pão que revigora o 
próprio coração do homem mortal”. — Sal 104:15.

Uso Figurado: O termo “pão”, conforme usado na Bíblia, tem 
diversas aplicações figuradas. Por exemplo, Josué e Calebe disseram 
aos israelitas reunidos que os habitantes de Canaã “são para nós 
pão”, pelo visto significando que eles podiam ser facilmente
 conquistados e que essa experiência sustentaria e 
fortaleceria Israel. (Núm 14:9) Grande pesar, que pode estar 
associado com o desfavor divino, parece refletir-se no Salmo 80:5, 
onde se diz de Yehowah, o Pastor de Israel: “Tu os fizeste comer o 
pão de lágrimas.” Fala-se também de Yehowah que daria a seu povo 
“pão em forma de aflição e água em forma de opressão”, 
evidentemente referindo-se a condições que o povo enfrentaria
 quando estivesse sitiado e que lhe seriam tão comuns como
 pão e água. — Is 30:20.

Ao falar sobre aqueles que são tão iníquos que “não dormem a
 menos que façam alguma maldade”, o livro de Provérbios diz:
 “Alimentaram-se do pão da iniqüidade.” (Pr 4:14-17) Sim, eles 
parecem sustentar-se de ações iníquas. Sobre alguém que talvez 
obtenha as provisões materiais para a vida por meio de engano ou 
fraude, Provérbios 20:17 diz: “O pão ganho mediante falsidade é 
agradável ao homem, mas depois a sua boca se 
encherá de cascalho.” Mas, sobre a boa e laboriosa esposa, diz-se:
 “Não come o pão da preguiça.” — Pr 31:27.

A Bíblia também usa “pão” figuradamente em sentido favorável. 
Isaías 55:2 mostra que as provisões espirituais de Deus são muito
 mais importantes do que as coisas materiais, dizendo: “Por que
 continuais a pagar dinheiro por aquilo que não é pão e por que é a 
vossa labuta por aquilo que não resulta em saciedade? 
Escutai-me atentamente e comei o que é bom, e deleite-se a
 vossa alma com a 
própria gordura.” 

Ao instituir a nova refeição que celebraria sua morte 
(em 14 de nisã de 33 EC), “Jesus tomou um pão, e, depois de 
proferir uma bênção, partiu-o, e, dando-o aos discípulos, disse: 
‘Tomai, comei. Isto significa meu corpo.’” (Mt 26:26) O 
pão significava o próprio corpo carnal de Jesus “que há de ser 
dado em vosso benefício”. — Lu 22:19; 1Co 11:23, 24.

Visto que eram relativamente finos e, se não fermentados, quebradiços, 
os pães eram partidos, em vez de cortados. Portanto, em si, não
 há nada de especial em Jesus ‘partir’ o pão usado ao instituir a 
Refeição Noturna do Senhor (Mt 26:26), sendo esta a maneira 
costumeira de partilhar o pão. — Mt 14:19; 15:36; Mr 6:41; 8:6; 
Lu 9:16; At 2:42, 46, Int.

Cerca de um ano antes, Jesus Cristo contrastara “o pão que 
desce do céu” com o maná consumido pelos israelitas no 
ermo e declarara explicitamente: “Eu sou o pão da vida.”
 Ele mostrou que era “o pão vivo que desceu do céu”, 
acrescentando: “Se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e, 
de fato, o pão que eu hei de dar é a minha carne a favor da 
vida do mundo.” (Jo 6:48-51) Este ‘comer’ teria de ser feito em
 sentido figurado, por se exercer fé no valor do sacrifício
 humano perfeito de Jesus. (Jo 6:40) Jesus apresentou o mérito do 
seu sacrifício resgatador a seu Pai, quando ascendeu ao céu. 
Por meio deste mérito, Cristo pode dar vida a todos os
 obedientes da humanidade. Conforme predito sob inspiração 
divina, Jesus nasceu em Belém, que significa “Casa de Pão” 
(Miq 5:2; Lu 2:11), e por intermédio de Jesus Cristo provê-se o 
“pão” que dá vida a toda a humanidade crente. — Jo 6:31-35

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