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certeza que serão dias abençoados! Começa às 7:30 PM.
DISCIPULADO,'' MAIS DO QUE DOAÇÕES
A realidade social de muitos países na África é conhecida no mundo inteiro.
Pobreza extrema, violência urbana, doenças diversas, terrorismo e outros, são
problemas cotidianos que para serem resolvidos, segundo o missionário
Saulo Porto, não bastam doações, mas de “ensino e discipulado”.
Saulo é diretor de ensino da Missão Mãos Estendidas (MME) e possui larga
experiência no campo missionário africano. Ele concedeu uma entrevista, onde
explicou o motivo pelo qual doações não são suficientes para resolver o problema
de quem vive na África.
“É muito ‘fácil’ chegar em qualquer aldeia africana e distribuir farinha. É importante?
É. Mas daqui cem anos você vai voltar e encontrar o mesmo povo querendo farinha.
No entanto, se você começar a trabalhar com o processo de educação, com os
fundamentos — é o tipo de trabalho que poucas pessoas veem — você está
desenvolvendo a vocação de uma criança ou o potencial de discípulo de um pastor,
e isso faz com que aquela pessoa caminhe em direção à vontade de Deus”,
disse ele ao portal Guiame.
Saulo explica que alguns métodos de evangelização dão muita ênfase a salvação
espiritual, o que é bom, mas ao mesmo tempo se esquecem de trabalhar os
aspectos sociais do desenvolvimento humano, algo necessário para a vida na Terra,
como é o caso da África.
“Segundo a tradição protestante, as pessoas precisam ser educadas para se
desenvolver dentro da sociedade. Quando você vai para outro tipo de
missiologia — por exemplo, quando acreditamos que o importante é apenas a
salvação da alma — você não se importa muito com esse tipo de desenvolvimento
humano”, disse ele.
“O que você quer é evangelizar a pessoa, colocar ela na igreja e esperar Jesus voltar
para ela ir para o céu. Desse jeito, você consegue logicamente o principal na vida da
pessoa, que é a salvação, mas ela não se desenvolve e não se torna discípula”, acrescenta.
“Absolutos morais” como estratégia
evangelística na África
Saulo Porto aproveitou para ressaltar algo muito interessante. Por causa da
grande diversidade de tradições religiosas e culturais na África, o missionário
explica que questiúnculas, isto é, pequenos detalhes relativos à doutrina
teológica podem ser evitados, visando a unidade da pregação.
O missionário chama isso de “absolutos morais” que, segundo ele, são mais
importantes do que discussões infindáveis.
“Quando nós focamos nos absolutos estamos discipulado a nação, ao invés de
estarmos discutindo qual é a cor da asa do anjo”, exemplifica. “O que fazemos é
colocar ênfase nos absolutos morais que vão transformar a vida do povo”.
Alexandrepfilho Via Notícias Gospel
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